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12/03/2017

Centenário da Revolução Russa.



Em 8 de março de 1917 – há, portanto, exatamente 100 anos –, dezenas de milhares de pessoas tomavam as ruas da então capital russa Petrogrado com uma única e desesperada reivindicação: queremos pão. A partir deste marco inicial, em uma vertiginosa cadeia de eventos ao longo dos oito meses seguintes, um império de dois séculos cairia, uma tentativa de governo democrático seria esmagada por radicais e a primeira revolução comunista da história triunfaria na Rússia.

Na gênese daquela passeata de famintos na cidade que futuramente voltaria a se chamar São Petersburgo estavam os desmandos do czar Nicolau II e seus sucessivos fracassos militares na I Guerra Mundial. No início de 1917, a grande guerra já havia ceifado a vida de mais de um milhão de russos. E, enquanto os soldados morriam no front, suas famílias passavam fome nas cidades.

Em um retrato simbólico do atraso do país, a Rússia estava treze dias atrás do resto do mundo por ainda não ter adotado a transição do calendário juliano para o gregoriano – mudança proposta em 1582 para corrigir uma defasagem entre os dias e as estações do ano. Por causa disso, a Revolução de Fevereiro e a de Outubro aconteceram, na verdade, em março e novembro.
Doze anos antes da Revolução Russa, o czar já havia enfrentado uma grande revolta, que o obrigou a fazer concessões para seguir no poder. Uma delas foi a criação de um Parlamento, a Duma Imperial, que abrigava desde liberais até esquerdistas revolucionários. Nicolau, porém, só convocava a assembleia em momentos de crise – e a dissolvia a seu bel-prazer. Cada vez mais impopular, não resistiu a uma segunda revolta.

Com o vácuo de poder, dois grupos passaram a controlar a Rússia: um governo provisório formado por membros da Duma e os sovietes – conselhos populares de inspiração marxista. Do segundo, faziam parte duas facções esquerdistas que, antes aliadas, haviam se separado por divergências programáticas: os bolcheviques, que pregavam a ação revolucionária para a implantação do comunismo, e os mencheviques, que defendiam reformais graduais rumo ao estado socialista.

O “duplo poder” de governo e sovietes funcionou por pouco tempo. A decisão de seguir na guerra – para não perder territórios nem desagradar a aliados poderosos – minou a popularidade dos moderados e a volta de Vladimir Lenin do exílio desequilibrou o jogo a favor dos radicais. A ilusão de março de uma Rússia democrática acabou em novembro, com os bolcheviques tomando o poder quase sem resistência. Quando, meses depois, o povo escolheu uma Assembleia Constituinte com uma maioria de social-democratas, Lenin simplesmente a dissolveu. E se faltou sangue na queda do Palácio de Inverno, sobrou nos anos seguintes, com a carnificina da Guerra Civil Russa, as execuções sumárias do Terror Vermelho bolchevique e a tirania paranoica do stalinismo.

SÃO PETERSBURGO: ENDEREÇOS DA REVOLUÇÃO

Localize no mapa a Estação Finlândia, o Palácio de Inverno e outros pontos-chave da revolta

Nuvens carregadas: mulheres vão às ruas contra a escassez. Cartaz diz: “Mais comida para as famílias dos soldados”

8 DE MARÇO

Começa a Revolução de Fevereiro. No Dia Internacional das Mulheres, uma multidão toma as ruas de Petrogrado para protestar contra a escassez de comida. O movimento grevista é formado em sua maioria por mulheres – mães ou esposas de soldados que lutavam no front – que trabalhavam nas fábricas de tecido.

A maior parte da multidão, incluindo muitas mulheres, estava lá para assistir a outras pessoas fazerem bagunça. A atmosfera geral de entusiasmo é como a de um feriado com nuvens carregadas.”Relato do jornal The New York Times de 9 de março




Guarda imperial organiza fila para a entrega de pão

9 DE MARÇO

Os protestos crescem e 200.000 trabalhadores aderem à greve em Petrogrado. O movimento ainda não tem uma liderança clara.

Nas ruas principais, as massas cresceram, e os regimentos policiais foram engolidos pela multidão. A turba pode ficar fora de controle a qualquer minuto, mas assim como ontem não há líderes, e até agora apenas pequenos e dispersos atos de vandalismo ocorreram."Registro do diário de Aleksander Balk, prefeito de Petrogrado


Multidão se aglomera na Avenida Nevsky, ponto central de Petrogrado

Sem olhar para trás, as massas fizeram sua própria história”


Análise de Leon Trotsky em A História da Revolução Russa

10 DE MARÇO

Greve geral em Petrogrado. Estudantes se juntam aos protestos, que agora passam a pedir a saída da Rússia da guerra e a abdicação do czar. Os primeiros confrontos entre os manifestantes e a polícia são registrados.

Os distúrbios são obra de baderneiros. Jovens e garotas correm pelas ruas gritando que não têm pão; eles fazem isso apenas para criar alguma agitação. Se o clima estivesse frio, provavelmente estariam em casa. Mas isso vai passar e tudo se acalmará.”


Carta da czarina Alexandra para o czar Nicolau II, que estava no front


11 DE MARÇO

Sob ordens do czar, a polícia abre fogo contra os grevistas e dezenas de pessoas são mortas. Soldados começam a se juntar aos protestos.

A situação é séria. A capital se encontra em um estado de anarquia. O descontentamento geral aumenta. O governo está paralisado. Há tiroteios desordenados nas ruas; tropas disparam umas contra as outras.”

Telegrama de Mikhail Rodzianko, presidente da Duma, para o czar

12 DE MARÇO

O czar perde a autoridade sobre as tropas, que se recusam a atirar nos manifestantes. Milhares de soldados se juntam aos protestos, espalhados agora por outras cidades do país. Delegacias são incendiadas e presos, libertados. O Soviete de Petrogrado – conselho popular composto de trabalhadores, camponeses e soldados – é formado.


Vítimas de fevereiro recebem funeral em massa na capital russa

Eu me lembro de soldados derrubando retratos de Nicolau naquela manhã. [O czarismo] estava acabado. Havia desmoronado em um instante. Três séculos para se erguer, e três dias para sumir."

Relato de Nikolai Sukhanov, político menchevique e cronista da revolução, em A Revolução Russa 1917


Fim da monarquia: brasão de armas do czar é queimado em praça pública


14 DE MARÇO

Em meio ao vácuo de poder, o Soviete de Petrogrado publica sua Ordem Número 1. O decreto determina que as unidades militares devem agora obedecer ao conselho popular.

Na atmosfera ardente daquelas horas, nasceu a famosa Ordem Nº 1 – o único documento respeitável da Revolução de Fevereiro.”


Leon Trotsky, A História da Revolução Russa


O czar Nicolau II, a czarina Alexandra e seus cinco filhos. Todos seriam mortos após a revolução

15 DE MARÇO

Pressionado pela Duma, o czar Nicolau II abdica em favor de seu irmão mais novo, o grão-duque Miguel. A Duma forma o Governo Provisório, com o liberal Georgy Lvov como premiê.

Nestes dias decisivos na vida da Rússia, nós acreditamos que é nosso dever trabalhar pela mais estreita união e organização de todas as forças por uma vitória rápida [na guerra]. Por essa razão, em um acordo com a Duma, nós reconhecemos que, pelo bem do país, devemos abdicar da Coroa da Rússia.”

Decreto de abdicação de Nicolau II


Carta de renúncia do czar Nicolau II

16 DE MARÇO

Termina a Revolução de Fevereiro. Miguel declina da coroa e afirma que só aceitará o trono caso uma futura Assembleia Constituinte valide a monarquia. Três séculos de poder da dinastia Romanov na Rússia chegam ao fim. O grão-duque seria assassinato por bolcheviques em junho de 1918. Um mês depois, Nicolau II, Alexandra e seus cinco filhos também seriam mortos.

Inspirado pelo pensamento único de toda a nação – que o bem-estar do país ofusca todos os outros interesses –, eu estou decidido a aceitar o poder supremo apenas se esse for o desejo do povo.”


Carta de renúncia de Miguel


O New York Times reporta: “Dinastia Romanov acaba na Rússia. Abdicação do czar é seguida pela de Miguel. Assembleia Constituinte será convocada”

19 DE MARÇO

O Governo Provisório declara anistia aos presos políticos, abrindo caminho para o retorno de exilados como Lenin e Trotsky. Em um sistema que ficou conhecido como duplo poder, os sovietes e o Governo Provisório comandam a Rússia paralelamente, com cooperações pontuais.

O Governo Provisório não tem nenhum poder de verdade. Seus decretos só são executados se o Soviete assim permite. O Soviete controla os elementos mais importantes do poder: tropas, ferrovias e telégrafos. Pode-se até dizer, de forma crua, que o Governo Provisório existe apenas enquanto o Soviete autorizar.”


Carta de Alexander Guchkov, ministro da Guerra do Governo Provisório, para o general Mikhail Alekseev

O Soviete de Petrogrado reunido no Palácio de Tauride

16 DE ABRIL

Lenin volta do exílio na Suíça e desembarca na Estação Finlândia, em Petrogrado. A viagem foi facilitada pelo governo da Alemanha, país inimigo da Rússia na guerra. Os alemães esperavam que o retorno do líder bolchevique desestabilizasse o Governo Provisório, que apoiava a permanência russa na guerra. Em seus primeiros discursos, Lenin prega "paz, pão e terra" para o povo

O trem estava muito atrasado. Mas, enfim, chegou. Uma estrondosa Marselhesa ressoou pela plataforma, e gritos de boas-vindas ecoaram. Da sala de espera, ouvimos eles [os dissidentes bolcheviques] marchando pela estação, sob arcos triunfais e ao som da banda. Lenin entrou, ou melhor correu, sala adentro. Ele usava uma boina redonda, sua face parecia tranquila e havia um belo buquê em suas mãos."


Relato de Nikolai Sukhanov, que estava presente na estação, em A Revolução Russa 1917


A locomotiva 293, que trouxe Lenin, viraria objeto de culto na mitologia soviética

17 DE ABRIL

Lenin publica suas Teses de Abril, manifesto em que rejeita qualquer cooperação com o governo provisório "dos capitalistas" e defende "todo o poder aos sovietes". O documento também condena o envolvimento russo em uma guerra entre “imperialistas".

O país está passando de um primeiro estágio da revolução – que colocou o poder nas mãos da burguesia – para um segundo estágio, que deve colocar o poder nas mãos do proletariado."


Trecho das Teses de Abril, de Vladimir Lenin

Lenin lê o Pravda, jornal editado por Stalin

1º DE MAIO

Jornais ligados aos bolcheviques aderem ao discurso de Lenin e passam a acusar o novo governo de ser "contrarrevolucionário". No Pravda (Verdade), o principal deles, trabalha uma figura secundária na revolução, mas que ascenderia rapidamente nos anos seguintes: Josef Stalin.

É necessário escolher quem apoiar: ou os trabalhadores e camponeses pobres a favor da revolução, ou os capitalistas e latifundiários contra a revolução. Ou o Soviete ou o Governo Provisório. Obviamente, trabalhadores e soldados só podem apoiar o conselho que eles mesmos elegeram."

Josef Stalin, no Pravda

3 DE MAIO

O chanceler Pavel Miliukov declara aos aliados que a Rússia está comprometida em alcançar uma “vitória decisiva na guerra mundial”. A postura revolta a população, cansada do conflito, e abre a primeira crise no Governo Provisório. Duas semanas depois, o chanceler renuncia.

A queda de Miliukov fez Lvov reformar o Governo Provisório e Kerensky se tornou ministro da Guerra. Ele era um advogado que fez seu nome por defender as vítimas da opressão czarista e era muito popular.”

Morgan Philips Price, politico e jornalista britânico, em My Three Revolutions

17 DE MAIO

Leon Trotsky volta do exílio nos Estados Unidos. Antes um marxista independente, ele agora se junta aos bolcheviques.

18 DE MAIO

Contrariando Lenin e os bolcheviques, o Soviete de Petrogrado – ainda controlado por socialistas moderados – autoriza a participação de seus membros no governo provisório.

Entregar, neste momento, todo o poder aos sovietes enfraqueceria a revolução porque isolaria certos setores da população que ainda podem servir à causa.”Decisão do Congresso de Sovietes

Os dias de julho: protesto apoiado pelos bolcheviques é massacrado nas ruas de Petrogrado

1º DE JULHO

Alexander Kerensky, um político social-democrata que era ministro da Guerra do Governo Provisório e membro do Soviete, lança uma ofensiva militar contra austríacos e alemães. Além do objetivo estratégico de romper as linhas de comunicação e suprimentos dos inimigos, a operação buscava elevar o moral das tropas russas e reconquistar o apoio do povo à participação na guerra.

16 DE JULHO

Milhares de soldados de baixa patente e trabalhadores protestam nas ruas de Petrogrado contra o governo e a guerra – e pedem "todo o poder aos sovietes".

O poder soviete é o caminho para o socialismo que foi descoberto pelas massas de trabalhadores. É por isso que é o verdadeiro caminho, e é por isso que é invencível."

Discurso gravado de Lenin sobre os sovietes

17 DE JULHO

Os bolcheviques se juntam ao movimento, que é duramente reprimido pelo governo. Tropas atiram contra os revoltosos em Petrogrado, deixando centenas de mortos. O governo ordena a prisão dos líderes bolcheviques e acusa Lenin de ser um espião alemão. Disfarçado, ele foge para a Finlândia.


Naquela manhã, eu encontrei Lenin. A ofensiva das massas havia sido esmagada. 'Agora eles vão nos fuzilar. Um por um', disse Lenin. 'É o momento certo para eles,' Mas Lenin superestimou o oponente."

Relato de Trotsky em Minha Vida


Sem barba e de peruca: o passaporte falso usado por Lenin para fugir

19 DE JULHO

A ofensiva militar de Kerensky fracassa e os soldados da Rússia sofrem baixas superiores a 40.000 mortos. Seria a última participação das tropas russas na I Guerra.


Conflito impopular: soldados russos em trincheira da I Guerra Mundial

20 DE JULHO

Lvov renuncia e Kerensky assume como primeiro-ministro do Governo Provisório, formando um gabinete com socialistas moderados. O novo premiê promete a convocação de eleições para a Assembleia Constituinte.


Alexander Kerensky, figura central do Governo Provisório

Bandeira vermelha na baioneta: milícias bolcheviques rechaçam golpe militar

9 DE SETEMBRO

Ogeneral Lavr Kornilov, comandante em chefe do Exército russo, declara que o Governo Provisório age "sob a pressão" dos sovietes e envia tropas para a capital. Temendo um golpe militar, Kerensky demite o general e ordena que ele se entregue

O general me enviou um membro da Duma com a demanda de que o Governo Provisório entregue todo o poder militar e civil para que ele [Kornilov] forme, a seu próprio arbítrio, um novo governo. Tais exigências representam uma aspiração de certos setores da sociedade russa de tirar vantagem da grave situação do país para estabelecer um regime oposto às conquistas da revolução."

Mensagem de Alexander Kerensky à Rússia

Eu, general Kornilov, filho de um camponês cossaco, declaro a todos que não quero nada para mim, exceto a preservação da Grande Rússia."

Resposta de Kornilov


Kornilov: levante pela ‘preservação da Grande Rússia’

11 DE SETEMBRO

A tentativa de golpe de Kornilov é frustrada – não pelo governo, mas por milícias bolcheviques, que organizam a defesa da capital e usam sua influência nas ferrovias e telégrafos para cortar as linhas de comunicação das tropas e desviar ou interromper trens com os soldados. Dois dias depois, o general se entrega na cidade de Bykhov e é preso.

O caso Kornilov uniu todos os grupos socialistas – moderados e revolucionários – em um apaixonado impulso de autodefesa. Não deve haver mais Kornilovs!"

John Reed, jornalista americano e testemunha da revolução, em Os dez dias que abalaram o mundo


Guarda Vermelha confraterniza com alguns dos soldados enviados por Kornilov após fracasso do golpe

O número 2 da revolução: com Lenin escondido, Trotsky assume o controle

8 DE OUTUBRO

Os bolcheviques, enfim, conquistam a maioria no Soviete de Petrogrado. Com Lenin ainda escondido, Trotsky é eleito o presidente do conselho.

[Trotsky] parecia estar fazendo discursos em todos os lugares simultaneamente. Sua influência, entre as massas e também entre os líderes, era esmagadora. Ele foi a figura central daqueles dias."

Sukhanov, em A Revolução Russa 1917

20 DE OUTUBRO

Lenin deixa a Finlândia e retorna para Petrogrado.

23 DE OUTUBRO

Comitê Central Bolchevique aprova levante armado para tomar o controle do governo.

Não devemos esperar ou podemos perder tudo. O objetivo de uma tomada de poder imediata é a defesa do povo – não do congresso, mas do povo, das tropas e dos camponeses."

Lenin, em mensagem para os sovietes


Bolcheviques armados andam em formação sob o slogan ‘Comunismo’

Revolucionários pegam em armas e derrubam o Governo Provisório

7 DE NOVEMBRO

A Revolução de Outubro. A Guarda Vermelha assume o controle de prédios públicos e pontos estratégicos da capital. Sede do Governo Provisório, o Palácio de Inverno é cercado durante a noite. Um disparo do cruzador Aurora, controlado por marinheiros alinhados aos bolcheviques, dá o sinal para a invasão. O Palácio é tomado quase sem resistência. Os líderes do governo deposto fogem ou são presos. Kerensky escapa.

Houve um barulho atrás da porta [do Palácio de Inverno], que se escancarou como uma lasca de madeira impulsionada por uma onda. Um pequeno homem adentrou a sala, empurrado por uma multidão que, como água, se espalhou e preencheu todos os cantos. 'Eu informo a todos os membros do Governo Provisório que vocês estão presos.'" Relato de Pavel Manlyantovich, ministro da Justiça, no livro No Palácio de Inverno


Congresso dos Sovietes forma novo governo. Com Lenin no comando

Em protesto contra os últimos acontecimentos, mencheviques liderados por Julius Martov abandonam o Congresso dos Sovietes.

Um levante das massas não precisa de justificativa. O que aconteceu é uma insurreição, não uma conspiração. Para aqueles que saíram, devemos dizer: vocês estão acabados, vão para o lugar ao qual pertencem - a lata de lixo da história!"


Trotsky

Então nós vamos sair!"

Martov


Curiosos ocupam a praça em frente ao Palácio de Inverno no dia seguinte à Revolução de Outubro

8 DE NOVEMBRO

Lenin declara a vitória da revolução e publica um decreto abolindo o direito a propriedade de terras e outro propondo a paz com as nações inimigas. O Congresso dos Sovietes aprova a formação de um novo governo, com Lenin no comando. Num primeiro ato de censura, jornais "hostis" à revolução são fechados.


Sala do Palácio do Inverno, depois da passagem dos revoltosos

Lenin e Trotsky já foram contaminados pelo veneno podre do poder. A prova disto é sua atitude em relação à liberdade de expressão, de indivíduo e todos os ideais pelos quais a democracia lutou”
Maxim Gorky, escritor e ativista, no jornal menchevique Novaya Zhizn (Nova Vida), que seria fechado

Fonte: Veja


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